Nem tudo é euforia.

Clima de Copa do Mundo é assim mesmo, a cada 4 anos surgem nomes discutiveis que vão ao torneio e outros nomes que são quase "clamores populares" que assistem à copa pela televisão. Como muita gente diz, "futebol é momento". Mas na minha opnião, um bom momento é um caminho perfeito para a euforia.
Grandes jogadores surgem as vesperas da Copa do Mundo, outros passam a ser questionados, mas nem por isso o grupo de cada seleção muda. Quatro anos é tempo suficiente para cada treinador analisar em quem confiar e em quem não confiar.
No caso da seleção Brasileira, nas ultimas 3 copas situações unicas vem acontecendo. Em 98, Romário foi cortado dias antes do torneio, Zagallo e Zico tiveram que arcar com isso. Em 2002, ele de novo, foi pedido incessantemente pela midia e pelo povo. No fim das contas Ronaldo foi em seu lugar, e o Brasil voltou campeão.
Esse ano acontece uma situação curiosa, o clamor popular é por vários jogadores de várias posições. Tais como Neymar, Ganso, Pato, Hernanes e Ronaldinho Gaucho. Esse ultimo nome, já está indo para o mesmo processo que Romário em 2002.
Uma grade fase as vésperas da Copa do Mundo é essencial, mas nem sempre supera um trabalho de quatro anos. É dificil saber qual é a decisão certa a se tomar. Mas hoje o técnico Dunga tem apoio total da CBF e quase que total da população pra convocar quem ele quiser, por ter ganhado todos os titulos que disputou.
Na minha opnião, a seleção que deve ir a África do Sul, tem Gilberto Silva e Julio Baptisa, e não Neymar e Gaucho. E é por essa e outras que o Brasil voltará de lá com o titulo.

Alegria da Vila

O segredo que a Vila Belmiro tem de revelar atletas, nós nunca iremos saber. Cabe a nós admirar o futebol irreverente e "moleque" que os "Meninos da Vila" apresentam.
Há mais de 50 anos surgiu um time feito quase que em sua totalidade dentro da categoria de base do Santos, um time que revelou Pelé como seu maior nome (entre outros nomes tão vencedores quanto ele). Foi campeão da Libertadores e do Mundial por dois anos seguidos e foi considerado o melhor time da época sem a menor sombra de dúvida.
Dentre bons times e alguns titulos, no ano de 2002 surgiu uma nova geração que foi chamado por muitos de "Meninos da Vila". Um time quase que totalmente ofensivo e com jogadores de uma rara habilidade e noção de jogo, como Diego e Robinho. Fora esses dois jogadores, mais de 5 jogadores daquele time foram pra Europa para times de renome, entre eles estavam Renato que saiu para o Sevilla, Alex que foi para o Chelsea e Elano que hoje atua no Galatasaray.
Hoje, 8 anos depois surge uma garotada que pela expectativa deve ser melhor que a anterior. Com Neymar, André, Paulo Henrique Ganso e sob a batuta do hoje experiente Robinho.
Algo em comum entre esses times, é alegria que ambos jogavam e jogam. O que mostra aos treinadores e jornalistas mais "retranqueiros" vejam que mesmo no futebol moderno, o que diferencia os normais dos gênios ainda é o que vem do berço. Seja habilidade ou visão de jogo, o que realmente importa é a diversão. Não é atoa que os dois ultimos melhores jogadores do mundo foram Cristiano Ronaldo e Messi, eximios dribladores.
Deixo como recado para os comentaristas que criticam essa alegria, e aos zagueiros que se sentem ofendidos com isso, que apenas admirem o que não sabem fazer ao invés de criticar. E que os "Deuses da bola" continuem iluminando a Vila Belmiro com esses jovens craques.

Resultado x Exemplo

Até quando veremos noticias de grandes jogadores do cenário do futebol brasileiro nas capas das páginas policiais ou de fofocas? Até qual ponto isso é normal para os nossos olhos e ouvidos? Até quando o resultado prevale o exemplo para a sociedade.
A polêmica hoje roda em torno de dois jogadores do Flamengo, Vagner Love e Adriano "Imperador", mas isso é um caso já recorrente a muito tempo no futebol mundial (como por exemplo os jogadores da Juventus que foram suspensos por causa da máfia do apito italiana). É dificil saber até que ponto um jogador que se envolve nesse tipo de polêmica e no fim de semana "resolve" o jogo, ajuda a marca do clube ou até mesmo ajuda os jovens que hoje estam sendo formados para o futebol.
Além de exemplos para os jogadores da categoria de base, esses jogadores são exemplos para a sociedade que a cada dia mais se revolta com politicos e pessoas da classe média-alta.
Além do exemplo, esses grandes nomes são os "garotos propaganda" dessas grandes marcas chamadas "Clube de futebol". E como qualquer marca e produto quando é mal cuidada, desvaloriza. E como a torcida não está nem ai pro nivel de treinamento desses jogadores, na sua primeira falha, a culpa será atribuida a bebida ou até mesmo o traficante lá da favela que não tem nada a ver com o que jogador faz o deixa de fazer.
E é por isso que eu me pergunto, até quando o resultado vale mais do que a moral que o esporte sempre pregou.

Quem dita a hora?

No futebol atual é absolutamente vital que o jogador chegue a sua maturidade fisica e psicológica cada vez mais cedo, o que intefere diretamente em quão cedo ele estreará no profissional e quão cedo será vendido para a Europa.
Com a pouca expressão da moeda brasileira, é inevitável que os jovens fiquem loucos por uma tranferência para a Europa. Então como mantê-los aqui no Brasil? Esse não é um processo nada fácil, vide os jogadores já transferidos que estão na imagem ilustrativa da postagem. Convencer um jovem de 16 ou 17 anos que ficar no Brasil é o modo mais fácil de se tornar um grande jogador é algo que eu diria impossivel, pois o dinheiro e as condições de treino européias são incriveis.
Dentre os jogadores que saem para a Europa, existem aqueles que vão para grandes centros como Phillipe Coutinho transferido para a Inter de Milão e os gemeos Fábio e Rafael, saidos do Fluminense para o Manchester United. E existem outros nomes que saem para clubes de menor expressão e acabam "sumindo" para o mundo, tal como o atacante Wellinton que foi uma grande revelação do Goiás, que hoje joga no Spartak Moscou da Russia. Qual é a vantagem de jogar na Russia e não no Brasil?
Talvez a resposta esteja na seriedade na qual o futebol é tratada nesses centros, salários em dia e condições de treino "fenomenais", fazendo assim dos jogadores verdadeiros profissionais. Talvez essa bagunça que se encontra o futebol brasileiro, seja o principal motivo desses grandes nomes estarem saindo do Brasil cada vez mais cedo.

Copa do Mundo, 30 dias de céu ou inferno.

Em ano de copa do mundo, a torcida de todo o mundo fica louca atrás de grandes nomes para o torneio. Cada seleção tem o seu grande nome, e em alguns casos possuem dois três ou quatro. Os que ganham viram lenda, mas o que perdem viram fracasso.
Nesse mérito de reis e plebeus aparece um jogador já consagrado mas a cada dia mais mágico. Taxado como o novo Maradona, Lionel Messi, vem mostrando que não veio para ser comparado com outro jogador e sim fazer a sua própria era. Genial, prático e ao mesmo tempo decisivo, Messi vem mostrando que o futebol arte ainda existe e que em meio ao futebol pragmático ele é o diferencial.
Atual melhor jogador do mundo, atual campeão da Liga dos Campeões Européia, da Liga Espanhola e da Copa do Rei, Messi chega como o grande nome da copa do mundo. Porém sua seleção, a Argentina, não vem nada bem ao comando de seu antecessor Diego Maradona. Classificada na bacia das almas na eliminatória sulamericana, Maradona ainda não tem o time em mente e chega a Copa do Mundo sem um time feito e sem a minima confiança da imprensa argentina. Isso torna Messi cada vez mais obrigado a fazer um grande mundial.
Por outro lado Messi é um jogador consagrado, isso talvez o torne uma unanimidade. Talvez não seja um mundial ruim que o fará ser lembrado como um péssimo jogador, dito isso por jogadores como Zico, Platini e Cristiano Ronaldo que não possuem titulos mundiais. Enfim, Copa do Mundo é isso, muita coisa rodeando esses 30 dias de competição. Está chegando a hora de conhecermos quem serão os vilões e os heróis dos próximos quatro anos.