quinta-feira, maio 27, 2010

Parabéns à globalização.


Pela primeira vez desde que o futebol foi inventado, chegamos a uma final de Liga dos Campeões com tantos estrangeiros. Do lado do Bayern de Munique 5 alemâes e 6 estrangeiros, do outro lado algo incrivel. O time da Inter não tinha nenhum jogador em seu time titular nascido na Itália. No banco, eram apenas 3. Balotelli, Matterazi e Toldo faziam jus ao nome italiano.
Talvez seja dificil a comunicação, a diferença de costumes e tudo mais. Mas como já é de praxe a famosa frase "O futebol tem sua própria lingua" imperou no Santiago Bernabeu naquele dia. As tabelas "italianas" eram feitas entre um argentino e um holandês. E lá trás quem garantia o jogo eram os brasileiros.
De Camarões veio um dos nomes mais curiosos dessa final, Samuel Eto'o. Bicampeão da Champions League com gols nas finais, Eto'o poderia chegar ao marco alcançado apenas por Alfredo Di Stefano que tinha feito isso nos anos 60. Mas dessa vez ele foi mais importante do que decisivo, jogou apoiando Maicon na lateral direito e segurando o meio campo alemão.
Mas o grande nome do jogo foi Diego Milito, o jogador fez dois gols e decidiu a partida. Saiu como herói e foi apelidado pelos italianos como "Il Principe". Virou ídolo e guardou seu nome na história nas Ligas dos Campeões. O técnico? O português José Mourinho também fez parte dessa globalização.
No fim das contas fica a pergunta, vale a pena perder a identidade da "cultura" nacional pelos títulos?

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